segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Os Astecas e maias faziam bolas misturando látex a extrato de planta.



                  Os mesoamericanos eram grande consumidores de borracha, segundo registros históricos e arqueológicos. Com ela, produziam sandálias, faixas de borrachas e também bolas, que eram usadas para jogos cerimoniais em pátios de paredes de pedra.

                 Cada um desses itens diferentes qualidades da borracha. Uma bola requer elasticidade para quicar, uma faixa de borracha requer força, e uma sandália precisa de durabilidade e resistência.

                Um  novo estudo revela que os mesoamericanos, que incluem os astecas e os maias, sabiam como produzir diferente tipos de borracha, misturando látex de seringueira com extrato da planta glória-da- manhã (Impoema purpurea), em diferentes proporções.

                 É uma aposta bem segura a de que eles estavam desenvolvendo materiais para suprir suas necessidades”, diz Michael Tarkanian, principal autor do estudo e cientista de materiais do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). “Não era apenas uma mistura aleatória.”

           Tarkanian e a coautora da pesquisa, Dorothy Hosler, também do MIT, conduziram experimentos com amostras de látex e extrato da I. purpurea, obtendo três tipos de borracha com diferentes misturas.

                 O quique da bola é maximizado quando o extrato representa 50% da mistura, enquanto a durabilidade e longevidade são maximizadas com a mistura a 25%. Para assegurar força, necessária para uma tira, não se adiciona extrato nenhum.

                  Os registros mais antigos indicam que os mesoamericanos usavam a borracha por volta de 1.600 a.C. Milhares de anos depois, em 1839, Charles Goodyear descobriu a vulcanização, o processo usado para produzir borracha até hoje.
                 
                   




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